Feira Livre do Automóvel do Anhembi, Década de 80, São Paulo, Brasil

 

Feira Livre do Automóvel do Anhembi, Década de 80, São Paulo, Brasil
São Paulo – SP
Fotografia

Muitos me perguntam: “onde você aprendeu todos esses detalhes sobre carros e motos ?”
Respondo com essa imagem, vivi muito isso, e nessa época: pátio de estacionamento do Centro de Exposições do Anhembi, zona norte de SP, onde se realizava aos domingos de manhã a famosa “Feira Livre do Automóvel”, bons tempos em que a maioria dos frequentadores era de particulares querendo vender seus carros. Uma época em que negócios eram fechados, recibos de sinal eram batidos a máquina de escrever nas barraquinhas, cheques eram emitidos e compensados no início de cada semana quando os carros eram entregues na agência bancária do comprador.
Estive ali para vender e também para comprar. Centenas de carros, em mais de uma década de trabalho duro: chegar cedo, arrumar uma boa vaga, dar “aquele trato” na caranga, um cartaz caprichado com o máximo de informações para chamar a atenção e os meus famosos “folders” originais de época para enriquecer os tradicionais “manuais e chave-reserva”, paciência e o “sentir” cada interessado na “mercadoria”, não ser insistente ou arrogante, medir as palavras, fechar a venda.
Esse local foi a melhor escola que eu poderia ter, muitos detalhes sobre carros eu aprendi ali, além de “frequentar” as concessionárias durante a semana, seja para buscar carros, ou comprar peças.
Tempos em que você pegava um café e trocava informações com os balconistas e consultores técnicos, sempre aprendendo muito com eles.
Hoje a coisa é muito informal, e o acesso é fácil, basta “procurar”: compra-se e vende-se tudo pelos canais da internet. Rapidez e agilidade contam pontos.
Eu ainda procuro usar o chamado “toque humanizador” nas minhas relações com o trabalho, seja o de “garimpar”, seja o de atender a interessados em informações sobre algo que eu possa ajudar, ou até mesmo para vender carros.
Lembro dos tantos “cabeças brancas” me atendendo sempre com um sorriso após alguma conversa e dando o melhor de si para me auxiliar.
Hoje sou eu quem tem “cabeça branca” e faço o mesmo, mas atrás de uma tela de celular ou teclado de computador.
Apesar de tudo, sou categórico ao afirmar: nada substitui o contato humano. Nada. Texto de Mário César Buzian.

Nota do blog 1: Também frequentei a feira, ia com meu Pai.
Nota do blog 2: Data década de 80 / Autoria não obtida.
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Andrea Belloti

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