Edifício João Marchesi, Rua Álvares Cabral, Centro, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil

Edifício João Marchesi, Rua Álvares Cabral, Centro, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto – SP
Fotografia

Giovanni Pietro (João) Marchesi foi um dos mais bem sucedidos imigrantes italianos do estado de São Paulo. Nasceu em 14/05/1887, em Albano San Alessandro, província de Bergamo, região da Lombardia, na Itália, filho de Olívia e Santo Marchesi, o qual, vindo para o Brasil em 1892, foi colono da fazenda Dumont, na parte de Sertãozinho, onde João passou a infância.
Aos 20 anos, casou-se com Maria, filha do seu primeiro patrão, Natale Biagi. Depois de trabalhar como carroceiro, transportando tijolos da olaria de Biagi e ser sócio de fábrica de macarrão, João, em 1914, com 27 anos, adquiriu em sociedade com o irmão Luiz Marchesi, comerciante, e o amigo Varalda, em Pitangueiras/SP, 50 alqueires de mata virgem, onde, com muito trabalho, plantou café e criou gado.
Anos depois, João, em sociedade com os irmãos Luiz e José, adquiriu a fazenda Lagoa Formosa, também em Pitangueiras, a qual foi acrescida de outras propriedades sucessivamente adquiridas antes de 1930. inclusive o sítio São Vicente, onde viria instalar uma usina de açúcar.
Em 1935 constrói a usina Santa Elisa, em Sertãozinho, que foi vendida para os sobrinhos Baudílio e Maurílio Biagi e João Pagano. Foi assim o início de um império de fazendas, advindo a aquisição da fazenda Palestina (1936), fazenda Monte Alegre (1940), São Sebastião (1942), fazendas São Luiz e Santo Antônio (1943), fazenda Sampaio, no Paraná, também em 1943; fazendas Santa Isabel, Cachoeira e São João, no Paraná (1944). No mesmo ano, adquiriu a área onde implantou a Cerâmica São Luiz, em Ribeirão Preto. Em 1946, adquire em Itápolis a fazenda Volta Grande e, meses depois, a fazenda São José, em Catanduva. Em 1951, adquiriu a fazenda Sanbta Izabel, em Pirangi, as fazendas São Francisco e São Sebastião, em Itápolis, e a fazenda Sapucaí, em Franca. Em 1952, adquiriu de Francisco Frascino a Usina Barbacena, em Pontal. Em 1953, comprou a fazenda XX de Maio, em Getulina/SP. Em 1955, adquiriu a fazenda Boa Fé, em Sertãozinho. Ainda em Sertãozinho, em 1956, adquiriu a Usina Albertina e a fazenda São Miguel. Em 1958, adquiriu a fazenda Sampaio. Em 1960, comprou a fazenda São João, em Jardinópolis. Na década de 1960, passou a adquirir terras em Goiás. Em dezembro desse ano adquiriu a fazenda São Sebastião do Rio Claro. Em 1961, formou a fazenda Canadá, em Jussara, inicialmente com 11 mil alqueires, mas que, com a aquisição de outras glebas, ficou com 39.522,14 alqueires paulistas. De 1968 a 1978, adquiriu várias glebas, formando a fazenda Uvá, com 1.404,83 alqueires. Em Ribeirão Preto, João Marchesi adquiriu muitas áreas urbanas, construíndo edifícios, dentre eles o “João Marchesi”, no centro da cidade, e incursionou pelo mundo das finanças, com a financeira Faigon, com a Crepal Distribuidora de Valores e o Banco Marchesi.
Em suas propriedades, além das plantações de café e cana-de-açúcar, Marchesi criou esplêndidos exemplares de gado de raça. Importante ressaltar que, depois de ficar viúvo, João Marchesi contraiu, em 08/09/1947, segundas núpcias com Ida Pizzoli Marchesi.
João Marchesi, depois de intensa vida de trabalho e progresso, faleceu no dia 04/02/1983, aos 95 anos de idade. Trecho de texto da Plataforma Verri adaptado para o blog por mim.