Fiat Prêmio, Brasil

Fiat Prêmio, Brasil
Fotografia

Em março de 1985 foi apresentado o Prêmio, três-volumes derivado do Uno.
Lançado em duas versões (S e CS), o carro foi concebido para ocupar categoria superior à do Uno: o acabamento interno do CS, por exemplo, correspondia ao do Uno SX; além disto, podia contar com um motor 1.500, fabricado na Argentina com componentes parcialmente brasileiros (foram usadas unidades argentinas por dois motivos: a capacidade da fábrica de motores de Betim estava se esgotando, dado o crescimento das exportações para a Europa, e a Argentina exigia reciprocidade para os automóveis importados do Brasil em regime CKD).
O antigo motor 1.300 também estava disponível, sendo a única alternativa para o modelo S. Medindo 40 cm a mais do que o Uno, o Prêmio não só solucionava um dos poucos problemas daquele – o discreto porta-malas –, como apresentava espaço ainda maior para os passageiros de trás, item no qual o Uno já era o melhor na categoria.
De resto, o carro seguia as características técnicas de seu irmão menor, tendo semelhante comportamento e desempenho (a menos do torque, quase 20% maior no Prêmio), embora com maior conforto.
Quanto ao estilo, além do bem equacionado desenho da traseira saliente, o carro ganhou frisos ao longo das laterais e dos para-choques, renegando a própria filosofia da linha Uno – superfícies totalmente isentas de ressaltos –, persistentemente defendida na publicidade da própria empresa.
Os predicados do Prêmio fizeram-no bem recebido. Em dois testes comparativos efetuados por 4 Rodas ainda no ano do lançamento, nos quais confrontou o novo Fiat com seus maiores concorrentes (VW Voyage e Ford Escort), o Prêmio foi superior ao último em grande quantidade de itens.
Frente ao Voyage, a disputa foi mais equilibrada; a revista Motor3 também foi só elogios para o carrinho, fazendo trocadilho com o seu nome e considerando-o “um prêmio para a família“.
O sucesso do Uno e do Prêmio influíram positivamente no desempenho das vendas da companhia no mercado interno, que naquele ano cresceram 45% com relação ao mesmo período do ano anterior (enquanto a produção nacional aumentava 17%), com isto elevando em dois pontos percentuais a presença da marca no país (de 10,3 para 12,3%).
Paralelamente, a Fiat consolidava sua posição de maior exportador privado do país, ultrapassada apenas pela Petrobrás e Vale do Rio Doce.
Como que para coroar tão bons resultados, a empresa ainda logrou conquistar, por dois anos seguidos, o título de Carro do Ano da revista Autoesporte: em 1985, com o Uno, e no ano seguinte, com o Prêmio. Texto do Lexicar Brasil.
Nota do blog: Data e autoria das imagens diversas.

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Andrea Belloti

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