Monumento Anhanguera, Avenida Paulista, São Paulo, Brasil
São Paulo – SP
Fotografia
Obra em mármore (3,22m x 1,41m x 1,08m) com pedestal em granito (1,06m x 2,25m x 2,25m) do escultor italiano Luigi Brizzolara, localizada no Parque Trianon, avenida Paulista, bairro Cerqueira César.
Bartolomeu Bueno da Silva ganhou o codinome de Anhanguera, que em tupi-guarani significa “homem que faz fogo”, porque quando estava nas Guianas, então terras brasileiras, procurando ouro e pedras preciosas, foi cercado por vários índios, que o ameaçaram de morte. Para se livrar da situação, ateou fogo em um pouco de álcool, produto desconhecido dos índios, que pensavam tratar-se de água. O bandeirante ameaçou fazer o mesmo em todo o rio. Assustados, os nativos entregaram todo o ouro de que dispunham. Depois acompanharam-no de volta à Capitania de São Paulo e ainda se dispuseram a ser seu exército.
A obra foi concebida em Gênova (Itália) pelo escultor Luigi Brizzolara, sendo inaugurada em 11 de agosto de 1924, nos jardins do Palácio dos Campos Elíseos. Depois de 11 anos foi transferida para a frente do Parque Trianon, onde atualmente se encontra.
A iconografia do bandeirante está diretamente relacionada à conquista de terras espanholas, do Rio Grande do Sul ao Amazonas. Baseou-se em litografia de Debret em “Soldados de Mogi das Cruzes combatendo botocudos”, publicado em seu livro “Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil”, de 1835.
Por ocasião do primeiro Centenário de Independência do Brasil, em 1922, Afonso Taunay solicitou que o escultor italiano Luigi Brizzolara modelasse os bandeirantes Antônio Raposo Tavares e Fernão Dias Paes Leme em mármore de Carrara, peças que seriam destinadas ao hall de entrada do Museu Paulista e, de Bartolomeu Bueno da Silva (Anhanguera) para o Parque Trianon. O fundo europeu do escultor fez-lhe adicionar elementos plásticos, exaltando a figura do homem viril, bem construído e feito mais forte olhando pelas roupas e botas altas. Além disso, as figuras ganham uma ordem estética, com a postura grega de um pé para a frente, e militar, com o harquebus e a espada em forma de concha, assim como roupas bem-cortadas. Contrariando a simplicidade com que viviam naquele deserto, o novo herói-homem estava assim entronizado na iconografia paulistana, idealizada e europeizada, bem distante do seu verdadeiro estado, mestiço, no qual vivia, em sua maioria, na pobreza. Trecho de texto da Unesp.
Nota do blog 1: O monumento é localizado em frente ao parque Tenente Siqueira Campos / Parque Trianon, na avenida Paulista.
Nota do blog 2: Imagens de 2024 / Crédito para Jaf.
A iconografia do bandeirante está diretamente relacionada à conquista de terras espanholas, do Rio Grande do Sul ao Amazonas. Baseou-se em litografia de Debret em “Soldados de Mogi das Cruzes combatendo botocudos”, publicado em seu livro “Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil”, de 1835.
Por ocasião do primeiro Centenário de Independência do Brasil, em 1922, Afonso Taunay solicitou que o escultor italiano Luigi Brizzolara modelasse os bandeirantes Antônio Raposo Tavares e Fernão Dias Paes Leme em mármore de Carrara, peças que seriam destinadas ao hall de entrada do Museu Paulista e, de Bartolomeu Bueno da Silva (Anhanguera) para o Parque Trianon. O fundo europeu do escultor fez-lhe adicionar elementos plásticos, exaltando a figura do homem viril, bem construído e feito mais forte olhando pelas roupas e botas altas. Além disso, as figuras ganham uma ordem estética, com a postura grega de um pé para a frente, e militar, com o harquebus e a espada em forma de concha, assim como roupas bem-cortadas. Contrariando a simplicidade com que viviam naquele deserto, o novo herói-homem estava assim entronizado na iconografia paulistana, idealizada e europeizada, bem distante do seu verdadeiro estado, mestiço, no qual vivia, em sua maioria, na pobreza. Trecho de texto da Unesp.
Nota do blog 1: O monumento é localizado em frente ao parque Tenente Siqueira Campos / Parque Trianon, na avenida Paulista.
Nota do blog 2: Imagens de 2024 / Crédito para Jaf.